PP FOI TREINAR, MAS...
PP estava super radiante porque tinha recebido um convite para voltar a jogar botão. Ele que, por força do destino, passara décadas afastado agora estava voltando para o convívio com o pessoal do futebol de mesa.
A princípio achou tudo diferente. O campo era mais bonito, os times tinham um negócio de grau, altura, cavadas, chuteiras e a regra era totalmente diferente daquela que ele conhecia. O pior de tudo era a tal da marcação que o nosso herói passou quase três anos para compreender como marcar os botões adversários. Ele jogava mais aberto do que livro de missa e a turma fazia a festa na sua defesa.
Ainda bem que, depois de trucentos jogos, ele marca um pouquinho melhor, mas as goleadas ainda insistem em acontecer e ele imediatamente coloca a culpa no pobre do MÃO DE LODO.
Mas voltemos ao seu regresso ao futemesa. O que mais intrigava o PP era que os jogos não tinham juiz. Onde já se viu isso, gente? Quem chuta é quem diz se a bola foi gol ou não. E se o cara for, digamos assim, viciado em fazer gol? E se ele não gostar de errar a rede adversária? Sei não, viu ? E o pior de tudo é que quem leva o chute só pode arrumar seu goleiro por trás da trave e não pode ir pra frente pra conferir se a bola entrou ou não.
Outro grande problema para o pobre do PP era a tal da bola rolando. Explicando melhor: o nosso amigo sofria e ainda sofre de uma ansiedade danada e não esperava que a bola parasse para dizer que ir chutar a gol. Resultado: perdia a jogada e ainda tomava o gol no contra-ataque.
O pior era quando isso acontecia a seu favor. Neguinho fechava a cara e dava a entender que isso era pura frescura. Ora, se era frescura, o PP até que concordava. Entretanto se era pra um, tinha que ser pra o outro também.
Por essa e por tantas outras é que nosso herói ainda hoje, mais velho e mais calejado na nova regra, torce para que se coloque um juiz nos jogos. O que, pra fundir a cuca do nosso marrento, seria um grande desrespeito a solicitação de um árbitro. Jesus, Maria José! Que regrinha complicada, não!
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