Ano de 87, quando éramos diretor de esporte da AABB Caruaru, trouxemos o futebol de mesa para aquele clube, apoiado pelo amigo Armando Pordeus que também exercia cargo na diretoria da nossa coirmã de Recife.
Nessa época a regra a ser jogada era a de três toques, muito conhecida como REGRA CARIOCA. Uma semana antes, havíamos recebido a visita de um pessoal de Recife que jogava a regra de um toque, usando um disquinho em vez de bolinha.
O certo é que optamos pela regra da bolinha de feltro e dois meses depois já estávamos representando nosso clube no Campeonato Brasileiro, realizado em Brasília. Desnecessário dizer que a nossa participação não foi das melhores, entretanto um colega de time conquistou uma vaga entre os artilheiros daquele certame.
Os anos passaram!
Participamos de várias competições nacionais representando a nossa querida AABB, porém, como tudo na vida passa, tivemos que deixar o cargo de diretor daquela sociedade. Mudamos de cidade e nos afastamos por completo do jogo de botão que, naquela época, não era muito conhecido como futebol de mesa. Pelo menos para nós de Caruaru.
Voltando a morar na CAPITAL DO AGRESTE, recebemos o convite de um dos praticantes do futebol de mesa e ficamos bastante animados com a perspectiva de novas palhetadas.
O interessante é que quando soubemos que não era mais a regra dos três toques, perdemos o entusiasmo, pois achávamos que a regra jogada atualmente era muito parecida com o famoso leva-leva, jogado quando dos tempos de criança.
Mas, ao assistir a um jogo dessa regra, me apaixonei pelos campos usados. As mesinhas pintadas de verde, lembravam um lindo e perfeito gramado para a prática do soccer . Então resolvi voltar a jogar botão, agora futebol de mesa.
O que não sabia era que não mais era bem-vindo ao clube pelo qual tanto trabalhei. Soube que até reunião fizeram pra ver se me aceitavam ou não. O interessante era que havia até não-sócio julgando se um sócio podia ou não praticar um esporte oferecido pelo clube aos seus associados. Enfim entrei como dizem que São Pedro entrou no céu.
E muitas águas rolaram. Podemos dizer que tivemos bons e maus momentos. Chegamos a ser chamado de palhaço, bajulador, etc e tal... Então achamos que era chegada a hora de sair. E foi o que fizemos. Saímos tristes porque deixamos pra trás uma coisa que tanto gostamos. Mas a vida é assim... LEVANTA, SACODE A POEIRA E DÁ VOLTA POR CIMA!
Existe uma velha máxima que diz: TODO MAL TRAZ UM BEM.
Pois bem! Criamos coragem e fundamos o NOSSO ZZFUTEMESA. Antes existia, porém não era reconhecido oficialmente. Hoje, nosso time tem registro, tem CNPJ e até estamos providenciando a gravação do nosso HINO. Já encomendamos as nossas camisas. Vai ficar uma belezura! Até imagino o amarelo do PP vestido com o nosso manto sagrado.
E fizemos toda essa ladainha só pra falar no nosso terno. Falar não é o termo certo. Talvez mostrar seria o mais adequado.
Thank God...